E aí
arruaceiros! Hoje vou começar uma nova seção aqui na Taverna, falarei sobre
alguns dos filmes mais recentes (e outros nem tanto assim) que assisti e/ou
achei interessantes de se comentar. Pra começar essa sessão, vamos falar de
V/H/S, um filme de 2012 com vários diretores diferentes.
Diretores: Matt
Betinelli-Olpin, David Bruckner, Tyler Gillet, Justin Martinez, Glenn McQaid,
Joe Swanberg, Chad Villella, Ti West, Adam Wingard.
É... Quando
descobri esse filme eu achava que seria foderoso, de dar cagaço até no mais
machão dos machões, que Steven Seagal esboçaria uma expressão diferente. Pois
é, hype alto com filme de terror dá nisso: decepção. O conceito do filme é
interessantíssimo, várias fitas de vhs contendo histórias diferentes que são
vistas por jovens que se enfiam em uma casa aparentemente abandonada. Além de
termos essa historinha dos caras assistindo fitas, temos as histórias das
próprias fitas, que é onde se passa a maior parte do filme. Uma ou talvez duas
partes do filme me fizeram achar que ia pular de susto ou algo assim. Não
aconteceu. Nota-se claramente a diferença do "approach" que os
diretores deram a seus respectivos curtas no filme, bem como seus estilos diferenciados.
Algumas histórias fracas, outras sem nexo algum, outras com terror ZERO.
Acho que
o IMDb foi bonzinho demais ao dar 5,7 para esse filme. Minha nota para ele
seria um 4 no máximo! E olha que é só por causa do conceito, que é
interessantíssimo. Filme que não recomendo para ninguém, apenas se for um
aficionado por horror e quiser sentir o horror de ter assistido algo ruim como
isso! Se forem assistir, prestem atenção à história "principal" dos
jovens assistindo as fitas na casa, atentem-se aos detalhes, que é onde mora o
terror de quase todo o maravilhoso gênero do horror. Isso é tudo arruaceiros!
Os ocidentais sentiram-se motivados após verem seu líder,
Argal, lutar contra Bereth Lärund, temível guerreiro de Aetheria, e vencê-lo
com maestria e bravura. Derrotaram o restante do exército goblinóide e expulsaram
a ameaça de suas terras. Percebendo a ausência de seu comandante, os homens que
lhe haviam jurado lealdade e o acompanhavam fielmente desde os Campos Selvagens
saíram em sua busca. Após passar uma tarde inteira procurando por Argal,
chegaram até a clareira que o abrigou. Lá estava ele, sentado com uma mão em
sua espada embainhada que se encontrava encravada no chão, logo ao seu lado.
Ele olhava em direção ao horizonte com uma expressão serena e tranquila. A vida
abandonara seu corpo, porém uma aura de extrema paz e grandeza cativante
imperava no local.
Os homens que encontraram seu líder voltaram para avisar
seus irmãos, quando retornaram ao local, o corpo de Argal havia desaparecido.
Sua espada ainda estava lá, encravada no chão. Procuraram mais uma vez pelo
corpo nas redondezas sem êxito. Desistindo da busca, tentaram retirar a
espada, tão firmemente colocada estava ela que foram necessário três homens
fortes para retirá-la de lá. Naquela mesma noite realizaram os ritos fúnebres e
ergueram suas taças em honra a Argal Aran e sua vitória, bem como a seus irmãos
caídos na guerra.
Chegada a hora de retornarem para seus lares, os bravos
companheiros de Argal decidiram se estabelecer naquelas terras. Acreditavam que
seu líder havia apenas ido batalhar em outras guerras e deixara sua espada para
que a cuidassem e a ele a devolvessem quando chegasse a hora. Nomearam-se
Aranis e se tornaram o povo guardião da passagem para o Ocidente. Aqueles que
presenciaram a épica batalha entre Argal e Bereth começaram a usar o nome de
“Argal Espada Quebrada”, como ficou conhecido aquele que se tornou um deus. Uma
floresta cresceu a partir da clareira de Argal, a qual foi denominada de
Floresta da Bravura, escondendo o leito final do bravo líder do clã Aran dos
olhos do mundo e dos próprios Aranis. A espada de Argal foi escondida pelos
primeiros guerreiros da nova tribo e nunca mais foi encontrada. A lenda da
majestosa espada perdeu-se pelo tempo e apenas os mais velhos aetherianos e
alguns poucos sábios sabem dos eventos daquela Guerra Goblinóide e dos feitos de um dos maiores guerreiros que Aetheria já teve. Onde quer que haja bravura, coragem e o desejo pela aventura, a aura mítica de Argal dá forças para aqueles que buscam vencer sua própria grande batalha.
Fim do breve resumo da vida de Argal Espada Quebrada.
En Taro Adún! Jack.
Dica de música enquanto estiver lendo a conclusão da saga de Argal Espada Quebrada!
Tudo
que se passou foi rápido demais. Argal observou seus irmãos batalhando contra
os inimigos, viu jovens que deveriam ainda ser aprendizes lutando por suas
terras, suas vidas. Viu os cadáveres de seus aliados e companheiros, tombados
durante o confronto. Olhou como o Sol se erguia imponente perante tudo o que
acontecia, os campos do vale cobertos de sangue, as árvores dançando ao som da
batalha e o toque do vento. As ondas do mar que podiam ser ouvidas ao longe
quando batiam contra as rochas e o sussurro dos grandes espíritos que guiavam
seu coração na batalha pela honra. O Sol mantinha-se no topo como um grande
senhor que observava tudo como se não fosse uma guerra, mas sim um espetáculo
no qual os pequenos homenzinhos lá embaixo brigavam uns contra os outros, como
formigas lutando por comida.
Bereth Lärund percebeu a desatenção
momentânea de seu adversário e avançou com suas espadas desferindo um poderoso
golpe, Argal deixou seu corpo cair para um lado, desviando-se do golpe de seu
inimigo. Dando um chute nas pernas de Bereth, fez com que o mesmo fosse ao
chão. Levantando-se com um salto, chutou para longe uma das espadas negras e
tentou encravar sua espada prateada no peito do oponente, que girou para o lado
escapando do golpe e se levantando. Os dois guerreiros entreolharam-se, a
ferida de Argal já não doía mais como minutos atrás apesar do sangue continuar
saindo. Bereth pulou com todas suas forças em sua direção empunhando sua espada
com as duas mãos, seus braços fortes e treinados atingiriam o alvo com força
total. Argal tomou sua espada com ambas as mãos e se defendeu do golpe, o
choque das armas trovejou. Um clarão iluminou brevemente o campo de batalha. Um
pedaço de lâmina prateada caía do alto e se encravava na terra.
Bereth sentia uma dor aguda
percorrer um de seus braços, um enorme racho era visível em sua lâmina. A
batalha entre os dois sobre humanos estava em seu clímax, os próximos instantes
determinariam o final do embate. Empunhando sua espada negra com apenas um
braço, Bereth Lärund se preparava para prosseguir com o duelo. Argal recolheu o
pedaço de sua lâmina e o depositou em sua bainha.
Os dois guerreiros se encaravam, o
duelo continuava incessante em suas mentes, ambos aguardavam por uma brecha,
qualquer uma, para desferir o próximo golpe. Atacaram ao mesmo tempo e trocaram
alguns golpes. Apesar de seus ferimentos, Argal atacava vigorosamente e com uma
força sem igual, cada golpe fazia com que Bereth dobrasse as pernas para
conseguir se manter em pé. Percebendo isso, mesmo que de forma sutil, Argal
forçava cada vez mais seu adversário. Os ataques eram tomados por uma fúria
incandescente e inabalável, a sucessão de golpes foi tão devastadora que fez com
que Bereth caísse de joelhos, soltando um grito tão forte que pôde ser ouvido nas profundezas da floresta encantada de
Ilinrada, no mais escondido dos salões anões em Tardä e pelo Deserto das
Lágrimas.
Bereth Lärund, o último membro da extinta organização dos
Mercenários da Sombra, atual líder da Guilda da Lâmina Negra, olhava com
assombro para o gigante que brandia a espada em sua direção. A cabeça do
mercenário caía no campo de batalha com um baque seco. Os soldados, pasmados,
observavam a cena lendária que se desenrolava perante seus olhos.
Argal viu o corpo de seu arqui-inimigo tombar desprovido
de vida, a batalha pareceu ter silenciado por alguns segundos. Embainhando o
que restava de sua espada quebrada, começou a caminhar entre os guerreiros que combatiam
incessantemente. Olhava para frente, como se houvesse algo além do horizonte,
sua face não aparentava expressão alguma. Afastando-se da batalha, chegou até
uma clareira aberta no meio do campo, pela maneira como a vegetação crescia
ali, dentro de alguns anos um pequeno bosque surgiria naquele lugar. Em sua
mente, pensamentos sobre suas batalhas corriam soltos. Pensava no Sol e na
guerra, pensava no Ocidente livre e em seus irmãos. Pensava no futuro de
Aetheria e no seu próprio. Mesmo com a guerra que acontecia a poucos metros, a
paz que reinava no lugar chegava a ser sobrenatural.
Começou a observar sua espada quebrada e em como a
conseguira, o significado por trás daquilo tudo. Um sorriso se abriu em seu
rosto inexpressivo até então. Um sentimento tomava conta de sua mente, uma
sensação percorria seu corpo. Aquilo pelo que buscara durante toda sua vida
finalmente lhe chegara, mesmo não podendo descrever ele conseguia senti-lo. A
glória pela qual batalhara até então fora alcançada. Argal Aran sabia que
poderia finalmente descansar com honra.
Fim da sexta parte...
En Taro Adún! Jack.
Dica de música enquanto estiver lendo a sexta parte da saga de Argal Espada Quebrada!
Ao
final de seu discurso, uma aura de grandeza rodeava Argal Aran, que bradou um
urro tão poderoso que os céus responderam ao seu chamado. Os ocidentais foram
tomados por uma força desconhecida. Argal correu sozinho em direção de seus
inimigos, sua espada brilhando no ar em meio a sua corrida. Os guerreiros que
lhe acompanhavam desde a chacina nos Campos Selvagens bradaram em resposta e
correram de encontro a seu destino, logo depois o restante das tropas
ocidentais seguiam seu comandante para a batalha. Os goblinóides tremeram
perante a grandeza de seu inimigo e se atrapalhavam em suas fileiras. Argal se
assemelhava a um gigante enquanto brandia sua poderosa espada, vários inimigos
tombavam com cada um de seus golpes. O medo tomava o coração dos goblins.
A batalha retomava seu curso, Argal
abria caminho entre os monstros com um único objetivo em mente, Bereth Lärund.
A facilidade com que derrubavam inimigos era surpreendente, tombavam como
insetos. Os ocidentais estavam tomados por um frenesi heroico, uma força
selvagem guiava suas espadas, a força de Argal Aran.
Foi então que Girck, o Manco, surgiu
dentre as fileiras de seus soldados. Um dos maiores goblins já vistos em toda Aetheria, capaz de esmigalhar cinco homens com apenas um golpe. Veterano de
várias guerras e batalhas, experiente guerreiro e líder temido. Pôs-se frente a
frente com Argal e ergueu sua ameaçadora espada desferindo um vigoroso golpe em
sua direção. Argal se desviou do golpe e com um rápido movimento decepara a
cabeça do tão temido rei goblinóide. Apenas um oponente lhe interessava, Bereth
Lärund, seu inimigo jurado.
Ambos
os guerreiros cruzaram olhares, as duas espadas negras como a noite terminavam
de extirpar as tripas de um soldado ocidental e a formosa espada prateada
decapitava Girck. Bereth e Argal trocaram olhares temerários e raivosos.
Tomados pela fúria da batalha, saltaram um na direção do outro. Suas armas se
chocaram, poderosos golpes eram desferidos com exímia habilidade. Os dois
guerreiros haviam deixado de ser homens comuns há um longo tempo, uma aura
poderosa os circundava enquanto gladiavam e os demais soldados olhavam
assombrados.
Um dos mercenários sob o comando de
Bereth percebeu a luta entre os dois rivais, vendo que ambos se encontravam
compenetrados no duelo e tomados por forças além da imaginação, percebeu uma
abertura. Ele sabia que Argal era uma peça importante para o exército
ocidental, sem ele, a vontade da Aliança se quebraria como um vidro jogado ao
chão. Ergueu seu arco, sua pontaria deveria ser certeira. Tencionando
vigorosamente, apontou a flecha negra na direção do comandante ocidental. Em
meio ao tumulto da guerra, uma flecha zuniu em direção aos dois gigantes
guerreiros. Sangue escorreu pelas vestimentas de Argal, uma flecha
encontrava-se alojada em seu abdômen, o sangue brotava tal qual de uma fonte de
água rubra. Rebatendo para longe mais um poderoso golpe de Bereth, se ajoelhou
devido à dor que sentia.
Fim da quinta parte...
En Taro Adún!
Jack.
Dica de música enquanto estiver lendo a quinta parte da saga de Argal Espada Quebrada!
Flechas
caíram sobre os goblinóides que acordavam. Trolls acorrentados tombavam
perfurados por dúzias de setas. Os brados de guerra aumentavam à media que o
exército da Aliança saía da névoa do pântano. Os homens escondidos observavam
pacientemente enquanto seus aliados investiam contra as forças inimigas. O
sangue de Argal fervia, era quase impossível suportar a fome pela batalha, seus
companheiros sabiam disso, sentiam uma energia que emanava de seu líder e isso
os deixa prontos e ansiosos para a luta.
Os dois exércitos se chocaram, o
clangor das espadas e escudos podia ser ouvido pelo vale. Sem aguentar mais,
Argal ergueu sua espada no ar e urrou em fúria, seus homens foram dominados
pela emoção e também gritaram. Partiram velozmente em direção à batalha. Os
goblinóides desnortearam-se, não haviam previsto um ataque por trás e se assustaram
com os urros de guerra que surgiam do desconhecido. Argal e seus companheiros
bateram-se furiosa e impiedosamente sobre sua presa tal qual caçadores.
Desorganizadas pelo susto, pelo menos metade das forças inimigas tombara.
A batalha já durara a manhã inteira
e Argal não havia encontrado seu adversário, Bereth Lärund. As tropas inimigas
resistiam duramente aos ataques da Aliança Ocidental, que tivera seus números
brutalmente reduzidos desde o início da batalha, até mesmo os companheiros do
líder do clã Aran já não eram mais tão numerosos como antes. A defesa principal
do inimigo permanecia nos trolls e goblinóides mais fortes, bem como nos
mercenários e no próprio Girck.
Os ocidentais perdiam as esperanças
de vitória pouco a pouco, ver seus amigos e irmão tombarem abalou seu
psicológico. Percebendo como seus companheiros se acovardavam, Argal tentou um
último trunfo. Reuniu o restante das tropas em uma única formação em forma de
ponta de flecha, atacariam seus inimigos pelo centro e os cercariam no
processo. Para conseguir que se reunissem nesse último esforço, fez um discurso
lembrado até os dias de hoje.
“Homens do Ocidente! Amigos das
terras da Aliança! Os goblinóides nos tomaram as casas e nós as reconquistamos.
Vingamos as mortes de nossos parentes e amigos que caíram em sua própria casa.
Um ano atrás éramos apenas conhecidos, alguns meses éramos companheiros e logo
nos tornamos amigos. Hoje é o dia em que enfrentamos nosso destino! Hoje é o
dia em que encontramos nossa redenção. Hoje somos irmãos! Não apenas irmãos de
batalha agora somos irmãos de sangue! Nosso próprio sangue está em nossas
terras, nós lutaremos por este lugar, lutaremos por nosso lar! Venham meus
irmãos! Para nosso destino! Pela honra que nos engrandece e domina nossas valorosas
almas. Pela glória que nos aguarda ao findar nossa jornada! Vamos irmãos! Vamos
ao nosso derradeiro confronto! O confronto com nossos medos! A última batalha
com a morte!”
Fim da quarta parte...
En Taro Adún! Jack.
Dica de música enquanto estiver lendo a quarta parte da saga de Argal Espada Quebrada!
A
batalha pela Passagem de Durminiam começara com Argal e seus guerreiros
destroçando a linha de frente inimiga. Sua espada poderosa parecia carregar
consigo a força de um tufão, cada brandida levava ao chão vários de seus
inimigos, que tombavam pelas flechas e pelas espadas dos aliados. Após um dia e
meio de batalha incessante, Durminiam foi reconquistada e uma única ameaça
restava, a parte principal das forças goblinóides comandadas pelo próprio
Girck, que se encontravam na região pantanosa e além.
Com a Aliança Ocidental tendo
estabelecido as devidas defesas em Durminiam, o plano de Argal para expulsar os
goblinóides das terras ocidentais era simples e arriscado. O inimigo
provavelmente aguardava um ataque vindo de frente, direto da Passagem. A ideia
de Argal era contornar o local com embarcações rápidas e de pequeno porte. A
rota era assaz perigosa, pois diversas formações rochosas muito próximas uma da
outra dificultavam a navegação por aquelas águas. O plano de Argal era navegar
pela noite para poderem atacar com o raiar do Sol, o problema é que a visão dos
goblinóides era mais aguçada pela noite, o que se juntava a mais um dos perigos
na empreita.
Os navegadores eram habilidosos,
conseguiram guiar as embarcações entre as rochas com exímia destreza sem muitas
complicações, os deuses pareciam estar do lado da Aliança, além de nenhuma das
vinte embarcações atingir as pedras, uma densa névoa cobriu os bravos
guerreiros de Argal, fazendo-os imperceptíveis até mesmo para os goblinóides. Conseguindo
chegar até a parte traseira do acampamento inimigo, os aliados se esconderam e
aguardaram até o amanhecer. O ataque deveria ocorrer apenas após a investida do
exército ocidental, o ataque de Argal viria logo em seguida, causando surpresa
no inimigo.
Contendo sua fúria sempre crescente,
Argal aguardava junto de seus guerreiros. Ao raiar a luz do dia, a
monstruosidade do exército inimigo podia ser mais bem vista. Várias raças e
tribos goblinóides se juntavam naquele terreno, trolls e ogros preparavam suas
armas para a batalha iminente. Humanos também podiam ser vistos em meio às
tropas, mercenários não tinham causa ou motivo, apenas o dinheiro movia suas
espadas. Era impressionante que Girck tivesse conseguido reunir tudo aquilo e
montar um exército uno sob seu comando. Enquanto analisava o inimigo, Argal
notou uma pessoa em especial, Bereth Lärund se encontrava nas linhas inimigas,
aquele por quem procurara durante um ano sem descanso se encontrava a alguns
metros de distância e em breve sentiria o gosto de sua lâmina.
Após
11 anos, Argal Aran retorna em uma pequena embarcação e desembarca em Ämart. O
manto todo rasgado e em movimento devido ao vento, tentava, sem sucesso,
esconder o físico agora avantajado. Os músculos deixavam entendido que, onde
quer que tenha estado, Argal passara por um rigoroso treinamento.
Aetheria havia mudado pouco na
ausência de Argal, o único acontecimento que se sobressaía seria uma aparente
reunião de goblinóides, que se juntavam próximos às terras ocidentais. Parecia
que a última Guerra Goblinóide ainda se encontrava fresca na memória dos
derrotados. Mesmo com essa provável ameaça apenas um objetivo se fazia presente
na mente de Argal, terminar de uma vez por todas sua querela com Bereth Lärund.
Após um pequeno descanso e resoluções políticas sobre a liderança do clã Aran,
Argal parte em uma nova jornada em busca de seu rival.
Durante sua viagem, Argal descobrira
que os goblinóides realmente estavam se juntando baixo apenas um estandarte,
Girck, o Manco. Em um ano de busca incessante sem sucesso, decide voltar para
suas terras natais a fim de combater a ameaça goblinóide que se abatera sobre
a vida de seus compatriotas. Chegando a Ämart, percebe que o andar das coisas
não ia bem, os goblins pareciam levar uma vantagem cada vez mais crescente
sobre a Aliança Ocidental. A Terceira Guerra Goblinóide eclodira há pouco menos
de um ano, quando Argal estava fora. Tomando as rédeas da situação e a
liderança do clã Aran, parte em direção ao local da batalha nos Campos
Selvagens. Bem próximo a seu destino, uma peleja era travada, soldados e
camponeses pereciam. Muitos corpos imóveis jaziam jogados ao léu, crianças,
mulheres, idosos e jovens. A fúria que tomava conta de Argal crescia a cada
instante, finalmente encontrando o restante dos bravos homens que ainda lutavam
contra os goblinóides, lança-se violentamente sobre os inimigos,
esmigalhando-os sem qualquer baixa. Os sobreviventes do massacre juraram
lealdade a Argal até o fim de suas vidas e se juntaram à sua tropa com o fim de
vingar seus entes queridos e lutar por seu lar, que havia sido destroçado pelos
goblins.
Finalmente Argal e seus guerreiros
se juntam ao acampamento principal da Aliança no dia seguinte. Já instalado,
participa do conselho de guerra junto aos comandantes. Atravessando a Passagem
de Durminiam, sob controle do inimigo, encontrava-se o acampamento goblinóide.
Argal tomou como missão pessoal a retomada da Passagem. Com ele iriam os
guerreiros do clã Aran que lhe acompanhavam e os sobreviventes do massacre dos
Campos Selvagens.
Os goblins estavam
organizados e bem estabelecidos na passagem A estratégia que usaria para
reconquistar Durminiam consistia em posicionar arqueiros de cada lado formando
um corredor mortal para seus inimigos. Argal, munido de alguns de seus bravos
companheiros, atacaria pela própria passagem de modo a criar distração para o
posicionamento dos atiradores, que chegariam ao local designado por meio de
passagens secretas, criadas em tempos mais antigos, para esse tipo de situação.
As passagens eram subterrâneas e se localizavam nas proximidades das montanhas.