Arruaceiros visitantes

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Espcial Criança Feliz (1990): Os Animais do Bosque dos Vinténs

E aí arruaceiros! Chegamos ao último post do Especial Criança Feliz (1990). Para fechar com chave de ouro vamos falar de uma das melhores animações exibidas no milênio passado, aquela que muitas vezes foi criticada por sua dureza e aspereza dos episódios. Falo de Os Animais do Bosque dos Vinténs.


Originalmente uma série de livros escritos por Colin Dann com o mesmo nome (The Animals of Farthing Wood, em inglês). A adaptação para a TV sofreu ligeiras mudanças em personagens ou acontecimentos, mas nada que denigra o desenho animado e o deixe inferior aos livros. A animação foi produzida e exibida de 1992 a 1995 no Reino Unido e demais países europeus, criação dos estúdios Telemagination (Londres) e La Fabrique (Montpellier), contou com 39 episódios divididos em 3 temporadas. Aqui no Brasil a série foi exibida mais uma vez pela TV Cultura de 1993 a 1999, período no qual obteve grande sucesso. A dublagem da série ficou a cargo do grande estúdio Álamo, que novamente realizou trabalho ímpar.

Capa do primeiro livro de Colin Dann

A trama base da série é que os humanos invadem o Bosque dos Vinténs para construir suas casas, despojando assim os animais de sua morada. Com a ameça iminente, os animais realizam uma assembléia, na qual o Sapo, desaparecido há muito tempo, retorna e sugere que eles se mudem para uma reserva, o Parque da Corsa Branca (ou Parque do Cervo Branco, dependendo da tradução). Acatando a sugestão do Sapo, os animais elegem Raposa como líder do bando e, a fim de manter a ordem do grupo até chegarem ao seu destino, os animais fazem o antigo Juramento da Proteção Mútua, no qual os animais se comprometiam a não comer uns aos outros e se proteger das adversidades que porventura encontrariam. Tendo o Sapo como guia até o tão desejado Parque e a Raposa como líder da comitiva, os animais partem do Bosque dos Vinténs e embarcam em uma aventura repleta de... Surpresas.

Os animais em assembléia na toca do Texugo


Em sua jornada até o Parque da Corça Branca, os animais encontram diversos predadores selvagens, rodovias humanas muito perigosas, rios de correnteza extremamente forte, enfim, encontram muitas provações em sua grande viagem. Quando chegam finalmente ao Parque, muitos dos que haviam partido do Bosque dos Vinténs não mais se encontravam no bando. Muitos pereceram pelo percurso, fosse atropelado por um carro ou devorado por algum predador de fora do bando, o fato é que nem todos conseguem terminar a viagem. Já no Parque da Corça Branca, tem início a segunda temporada do desenho, na qual os animais do Bosque dos Vinténs entram em conflito com os animais do Parque por causa de território, fosse por motivo de espaço ou de caça. A terceira temporada, ainda inédita aqui no Brasil, trata dos animais estabelecidos há certo tempo no Parque que devem proteger o mesmo da invasão do rato Bully e seu "exército" de ratos. Detalhe para esta terceira temporada, que foi duramente criticada pelos fãs pela mudança no traço e qualidade do desenho, tendo adquirido um ar mais cartunesco para melhor se aproximar do tipo de desenho que as crianças assistiam naquela época, o que foi um erro, já que muitos dos personagens foram descaracterizados e ganharam "qualidades humanas".

Raposa e Cicatriz em seu duelo pela paz no Parque da Corça Branca

Animais do Bosque dos Vinténs se destacou entre os demais desenhos por um simples motivo: por meio das duras e cruéis adversidades encontradas pelos animais em sua jornada que ensinavam às crianças da década de 1990 as verdades da vida. A primeira e a segunda temporada foram grandemente aclamadas e criticadas por suas lições. Uma das críticas era que o desenho apresentava cenas muito fortes para o público ao qual se destinava, coisa que talvez ficasse na sombra com tamanhas lições que o mesmo público receberia. A união de diferentes etnias de pessoas em prol de um bem comum,  a superação de diversos obstáculos na vida e o apelo às emoções do público, esses foram pontos diretamente ligados à série que a levaram à primeira posição aqui na Taverna. O lugar que tal desenho animado ocupou nas mentes e corações das crianças que acompanharam os animais em sua incrível jornada é o de honra. O caráter, a moral e a maneira de viver de muitos adultos de hoje em dia devem-se por causa de Animais do Bosque dos Vinténs. Não há criança daquela época que não se lembre com emoção dos episódios de tão maravilhoso desenho. Deixo aqui um apelo para que os arruaceiros de plantão procurem essa grande obra da animação e se emocionem com a jornada de Raposa, Texugo, Faisão, Coruja, Doninha, Toupeira, Sapo, todos os animais do Bosque dos Vinténs, garanto que será uma experiência sem igual da qual não se arrependerão. 

Curiosidade: -No total, a série se baseou em 6 livros com a história principal para suas 3 temporadas: The Animals of Farthing Wood; In the Grip of Winter; Fox's Feud; The Fox Cub Bold; In the Path of the Storm e Battle for the Park. Apenas um dos principais livros não foi adaptado para a TV, The Siege of White Deer Park ("O Sítio ao Parque da Corça Branca"). Foi considerado forte demais para ser adaptado e então foi deixado de lado. Isso é tudo arruaceiros!
En Taro Adún!
Jack.


Confira abaixo o vídeo da abertura original da série aqui no Brasil:








"... era chamado de Juramento da Proteção Mútua. É uma promessa para não temer.
   -Eu,__________ , juro solenemente não engolir ninguém enquanto viajarmos para este lugar do Sapo!"



FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!!  Jack, O Taverneiro.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Especial Criança Feliz (1990): Anos Incríveis

E aí arruaceiros! Continuando hoje com a série "Especial Criança Feliz (1990)" falarei sobre algo que não é exatamente um desenho animado. Anos Incríveis  foi uma série de TV que, junto com as séries animadas e demais programas de cunho educativo, marcou época e merece um lugar de destaque aqui em nosso especial da Taverna!

A família Arnold, Paul e Winnie

Anos Incríveis é uma série norte-americana criada por Carol Black e Marlens. Ganhou 22 prêmios Emmy em sua existência (1988 - 1993) e foi indicado a muitos mais. Contou com 115 episódios divididos em 6 temporadas. Aqui no Brasil a série comçou a ser exibida, em formato legendado, em 1993 pelo canal Multishow, ainda no mesmo ano a TV Cultura conseguiu os direitos da série e passou a exibi-la, legendada no início e dublada (pelo saudoso estúdio Álamo) logo em seguida. Por não se tratar de uma emissora "comercial", a TV Cultura não conseguiu arcar com os custos do seriado, que ganhava cada vez mais sucesso, então o programa passou a ser exibido pelo canal Bandeirantes em 1966. Nesse mesmo ano, Anos Incríveis foi reprisado pelo Multishow em seu formato original legendado. De 2004 a 2006 a TV Cultura passou a exibir uma vez mais o seriado, que saiu do ar por término de contrato.
O formato do seriado era o básico dos enlatados "gringos" que aqui chegavam, uma sitcom de comédia sobre uma típica família norte-americana de subúrbio. O diferencial é que, diferente das demais sitcons, a comédia estava inserida sutilmente em meio ao drama dos episódios e nos apresentava as aventuras e desventuras da vida de um garoto, Kevin Arnold, que passava desde sua mocidade (12 anos) até a adolescência (17 anos). Anos Incríveis se passa de entre os anos de 1968 a 1973 e tem como pano de fundo os acontecimentos dessa época tão conturbada e cheia de movimentos culturais nos EUA, como Woodstock, Flower Power, Elvis Presley ou até mesmo os Beatles em sua primeira transmissão televisiva nos EUA, por exemplo.
A família Arnold

Kevin Arnold era o personagem principal e apresenta a série como o narrador, já com 30 anos. Tudo o que acontece no decorrer do programa nos é relatado em primeira pessoa pelo próprio Arnold, que vê tudo com um ar nostálgico e por vezes melancólico. Temos também sua família, o pai, John "Jack" Arnold, veterano da guerra da Coréia e rabugento, era o típico conservador que via com maus olhos as mudanças "extremas" que ocorriam no país. Temos Norma Arnold, a mãe super-protetora que mediava as querelas entre os filhos e o pai e ainda detinha um espírito que almejava por independência, representando os movimentos feministas da época, já que ela queria trocar o "dona de casa" por "mulher da casa". Karen, a irmã mais velha e hippie e Wayne, o clássico irmão mais velho que implica com o irmão mais novo, no caso, Kevin. Além da família Arnold, temos Paul Joshua Pfeiffer, o melhor amigo de Kevin e Gwendolyn "Winnie" Copper, amiga de Kevin e seu primeiro amor.
Nas primeiras 3 temporadas a série nos apresentava os dramas domésticos de famíla, tinha um tom bem mais inocente, Kevin tinha então seus 12 anos. Da 4° temporada em diante a série assume um caráter mais maduro, adulto, Kevin e Winnie começam a namorar e então a série nos mostra diálogos sobre sexo, relacionamentos e desavenças.
Da esq para dir: Paul, Kevin e Winnie

Além é claro de sua fórmula dramática com as piadas sutis em momentos inesperados, presente em todo o seriado, deve ser dado um enorme destaque para a trilha sonora. A abertura da série conta com fantástica versão de Joe Cocker da música "With a Little Help from my Friends", além é claro de diversas outras grandes músicas de sucesso.
Apesar de Anos Incríveis ter atingido um estrondoso sucesso na época de sua exibição no mundo inteiro incluindo o Brasil, percebo que muitos não se lembram deste grande seriado ou simplesmente não tem conhecimento algum de sua existência. Muitos daqueles que como eu, cresceram nessa época, ficaram eternamente marcados pelas peripécias de Kevin Arnold, aprenderam junto com o personagem a cada novo episódio e carregam isso até os dias de hoje. Em 2011, o último episódio de Anos Incríveis ficou em 11° lugar na lista de "Finais de programas de TV mais inesquecíveis", no "TV guide network", dos EUA. Apenas espero que a geração atual venha a conhecer um dos programas que mais marcou a década de 1990, influenciando outras sitcons que vieram a surgir depois de seu final e, além de tudo, influenciou o caráter e o amadurecimento de muitos jovens. Isso é tudo arruaceiros!
En Taro Adún!
Jack.

Confira abaixo a abertura original da série aqui no Brasil:





"Crescer é algo muito rápido. Um dia você usa fraldas e no outro você vai embora. Mas as memórias da infância permanecem com você. Lembro-me de um lugar, uma cidade, uma casa como várias outras casas, um quintal como vários outros quintais, em uma rua como várias outras ruas. E o fato é que, após todos estes anos, eu ainda olho para trás e penso: Foram anos incríveis!"
 
Kevin Arnold em sua última frase no último episódio da série ("Dia da Independência").

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Especial Criança Feliz (1990): As Aventuras de Tin Tin

E aí arruaceiros! Hoje falaremos de um clássico dos clássicos! Um herói dos heróis! O aventureiro dos aventureiros! O Indiana Jones belga! Aquele que tem como melhor amigo um rude capitão de nome Archibald Haddock. Aquele que tem como fiel companheiro de aventuras o seu valente cãozinho chamado Milu. Falo dele, o repórter aventureiro mais querido de todos, falo de Tintim!

Hergé ao lado de sua criação


Originalmente, Tintim era uma tirinha de jornal surgida no "Le Petit Vingtième" escrita pelo belga Hergé (Georges Prosper Remi), devido o relativo sucesso que atingiu, ao término de cada arco de história os mesmos eram encadernados e reunidos em livros (em 2008 chegaram a 23). No início de sua publicação, Hergé escrevia as histórias basicamente do mesmo jeito, um mistério, a investigação de Tintim, a revelação, a escapatória da morte certa e as lutas, o autor improvisava nas histórias apesar de sempre dar o seu toque pessoal como o sarcasmo e as piadas nas horas das lutas e a lógica usada por Tintim para resolver seus casos, além é claro, da criação de um "mundo de Tintim" tão realista que chegamos a não duvidar da veracidade das aventuras do repórter. Hergé se usou de um arquivo histórico de fotos para a criação do mundo de sua obra. Foi apenas após o término do arco de história chamado "Os Charutos do Faró" que Hergé se uniu a Zhang Chongren e então escreveu "O Lótus Azul", uma das primeiras aventuras mais bem elaboradas de Tintim e considerada pelos críticos como a primeira obra prima de Hergé. Atingindo um enorme sucesso, Tintim foi então traduzido para mais de 50 idiomas. No entanto, nem tudo eram flores. Durante a época da Segunda Guerra Mundial, Hergé foi proibido de escrever suas histórias e o jornal no qual publicava foi fechado. Foi apenas após aceitar uma censura do partido nazista e a publicação de algumas de suas histórias no jornal "Le Soir", que era licenciado pelo partido, que Hergé conseguiu continuar com as aventuras de Tintim.


Tintim e sua trupe

No período em que a Bélgica foi tomada pela Alemanha, as obras de Hergé tinham certo diferencial em relação às obras anteriores, eram desprovidas de uma preferência política. Foi durante esse período que nasceram obras como "O Segredo do Unicornio", "A Estrela Misteriosa" e "O Tesouro de Rackham o Terrível", todas consideradas clássicos.
Após a II GM, a escassez do papel fez com Hergé montasse e abrisse seu próprio estúdio ("Studios Hergé"). Foi aí então que Tintim deslanchou. As aventuras tornaram-se coloridas e mais detalhadas, Hergé acreditava que suas histórias eram como filmes, como não tinham a fala e os movimentos, deveriam ser ricos em detalhes e deveria haver uma certa harmonia na escolha das cores. 
De 1958 a 1962 foi produzida a série "As Aventuras de Tintim de Hergé". Contou com 104 episódios de 5 minutos cada. Sofreu enorme crítica pois a qualidade da animação era muito baixa  e as histórias diferiam muito das histórias originais do herói. De 1991 a 1992 foi produzida a série "As Aventuras de Tintim", contou com 23 dos arcos de história criados por Hergé e teve 3 temporadas. Esta nova série contava com excelente trabalho de animação e técnicas excepcionais, que possibilitaram muitas a transposição de um quadro de um encadernado original de Tintim para os frames da animação. A série obteve um estrondoso sucesso e chegou a mais de 50 países.

Tintim e seu fiel companheiro Milu em imagem clássica da série

Aqui no Brasil Tintim foi exibido pela TV Cultura a partir dos anos 1990 e, como ao redor do globo, atingiu enorme sucesso entre as crianças. Para muitos, foi um herói que influenciou no caráter dos jovens, fosse na luta pela igualdade ou pela defesa dos mais fracos. Despertou em muitos o espírito investigativo devido às pesquisas que o repórter herói realizava para desvendar os mistérios de suas aventuras. O Fato é que Tintim marcou uma geração inteira. Neste mesmo ano saiu para as telonas uma adaptação de Tintim simplesmente chamado de "As Aventuras de Tintim". Supostamente será um trilogia, já que a Dreamworks comprou os direitos dos Estúdios Hergé para a produção de 3 filmes. Essa revitalização do repórter rendeu-lhe relançamento de sua grande série da década de 1990 em diversos canais, como o brasileiro TV Cultura e na HBO norte-americana. Espero que as crianças de hoje tenham a oportunidade de se emocionar e se divertir com as aventuras tão singulares de Tintim, que reuniam em um único desenho o toque do Hergé, a comédia, o horror, a aventura e o suspense.
Curiosidade: Em 2006 foi dado, pelo próprio Dalai Lama, ao personagem Tintim o prêmio Luz Verde em reconhecimento à história "Tintim no Tibet". Isso é tudo arruaceiros!
En Taro Adún!
Jack.


Confira abaixo o vídeo de abertura original da série de 1990:
 

Uma remasterização da abertura feita pela HBO:















Tintim e Milu na versão do filme de 2012




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Especial Criança Feliz (1990): A Pedra dos Sonhos

E aí arruaceiros! Hoje vamos falar de um desenho muito especial que marcou minha infância e acredito que a de muitos outros que na época eram amantes de coisas épicas e com temática fantasiosa. Trata-se de um dos maiores clássicos das animações e um dos mais queridos desenhos da época, tanto aqui no Brasil como lá fora.


A Pedra dos Sonhos (The Dreamstone) foi exibido pela TV Cultura no início da década de 1990 e atingiu grande sucesso. Sua produção se deu de 1990 a 1995 pela ITV, no Reino Unido. O desenho conta com 52  episódios de 22 minutos cada, divididos em 4 temporadas. O escritor e desenhista da série é Michael Jupp. Um detalhe muito interessante e que dá muito peso à série é a trilha sonora, toda realizada pela Orquestra Filarmônica de Londres.
A série se passa num universo paralelo em um mundo chamado "Sleeping World, algo como "Mundo Dormente", esse planeta é visto apenas por aqueles que nele acreditam. No mundo existe a Terra dos Sonhos, que é toda iluminada pelo Sol, e a Terra dos Pesadelos ou o lado escuro do planeta. A trama básica do desenho é a batalha entre esses dois lados, a batalha entre o bem e o mal. De um lado temos o mago Senhor dos Sonhos, que protege a Terra dos Sonhos e seus pacíficos habitantes, os Noops e os Wuts. Do outro lado temos Zordrak, o terrível, e os Urpneys (Trolhas, aqui no Brasil), seus vassalos.

Zordrak, o Senhor dos Pesadelos
 
O objetivo de Zordrak é roubar a Pedra dos Sonhos para assim mandar seus pesadelos pelo mundo todo, já que foi expulso do conselho dos "Fazedores dos Sonhos" pelo Senhor dos Sonhos, tornando-se assim, inimigo mortal do mago. Sempre que manda seus Urpneys (semelhantes a humanos porém comum nariz avantajado e uma cauda) algo dá errado. Seja por causa da covardia dos soldados ou pela inteligência um tanto escassa que possuem. Está também a mando de Zordrak o cientista chamado Biruta (Urpgor), responsável por construir as mais bizarras máquinas para atacar a Terra dos Sonhos.

Para proteger a Pedra dos Sonhos, temos os valentes Wuts, seres semelhantes a plantas, das quais retiram sua força e poder. São capazes de voar em folhas e possuem grande sabedoria. Os Noops são primos menores dos Wuts, são pequenos seres peludos e com pequenos chifres, eles são os habitantes mais populosos da Terra dos Sonhos. 
O personagem principal da série é Rufus, um noop bem atrapalhado e que vive sonhando acordado que logo no primeiro episódio é demitido. Sua melhor amiga, Ambarina (Amberley), lhe sugere que vá trabalhar com o mago Senhor dos Sonhos. Rufus consegue tornar-se ajudante do mago e acaba virando amigo da mascote do Senhor dos Sonhos, Albert, uma espécie de meio-cão meio-peixe, criado por obra do mago. Apesar de atrapalhado, sua característica de sonhar acordado lhe é muito útil por trabalhar com o Senhor dos Sonhos e demonstra também muita coragem, que várias vezes é colocada à prova quando dos ataques das forças de Zordrak. Pildit, o líder dos wuts, ensina Rufus e Ambarina a voar em folhas e muitas vezes os ajuda no combate a Zordrak. O líder dos trolhas é o Sargento Verruga (Sergeant Blob), sempre acompanhado por Frizz e Nug. Outros dois personagens interessantes são Zarag, a irmã de Zordrak, que é apaixonada pelo Senhor dos Sonhos e Patolas (Frazznats), um monstro que se alimenta dos urpneys que falham com Zordrak.

O Senhor dos Sonhos, Rufus e o mascote Albert


O fato é que A Pedra dos Sonhos deixou um gosto de "quero mais" aqui no Brasil. Apenas 2 temporadas foram exibidas pelo canal Cultura e alguns episódios foram lançados posteriormente em DVD.  Rede Record comprou os direitos do desenho mais tarde mas não atingiu o mesmo sucesso da TV Cultura. Infelizmente a série foi cancelada e não teve um final conclusivo. Esse desenho fez parte de um grupo seleto que marcou a geração de 1990, que cresceu com bons desenhos. Para mim, A Pedra dos Sonhos foi um marco nas animações pois, de certa maneira, introduzia um ambiente mágico, até épico, ao gênero dos desenhos animados infantis. Tenho certeza de que foi com esta série que muitas crianças começaram a adquirir certo gosto pelo mágico e fantasioso. Pelo menos no meu caso foi assim e o desenho significou muito, ainda tenho muito apreço por esta maravilhosa animação.
Duas curiosidades sobre A Pedra dos Sonhos: O personagem Rufus teve dois dubladores, Stuart Lock e mais tarde Christian Bale, o Batman. Apesar da trilha sonora da animação ter sido realizada pela Orquestra Sinfônica de Londres, a música tema na versão do CD foi interpretada por Ozzy Osbourne. Isso é tudo arruaceiros!
En Taro Adún!
Jack.

Confira abaixo a versão em português da abertura e um pequeno pedaço do primeiro episódio de A Pedra dos Sonhos!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Especial Criança Feliz (1990): Bouli


E aí arruaceiros! Começo hoje com a sessão "Especial Criança Feliz" (1990). Até o dia 12, "Dia das Crianças", publicarei um programa infantil que marcou a década de 1990. Muitas crianças (eu incluso) cresceram assistindo muitos desenhos, alguns ficaram no esquecimento, outros ainda prevalecem nas memórias e outros até conseguiram voltar à ativa e conquistaram território dentre as animações atuais. Sem mais delongas, vamos dar início ao primeiro post!
Bouli, o Boneco de Neve

O escolhido para abrir a sessão é o simpático Bouli, o boneco de neve! Por se tratar de uma animação infantil o enredo era bem básico. A Lua magicamente deu a vida a Bouli e seus amigos, que também são bonecos de neve. Os personagens também são simples, seu nome é associado a um característica pessoal do mesmo, como Bouli Tênis (um jogador de Tênis) ou Bouli Bóia (Bouli que usa uma bóia de piscina). O personagem principal, chamado simplesmente de Bouli, nutre uma paixão pela Boulinete, que de nada sabe. 
O desenho foi dirigido por Denis Olivieri e era uma produção francesa que foi ao ar de 1989 a 1991 em vários países ao redor do globo. A série contou com 114 episódios de 5 ou 7 minutos. Aqui no Brasil foi exibido no início da década de 1990 no programa "Glub Glub" transmitido pela TV Cultura.
Bom, sem ter  arcos de história grandiosos ou aventuras estupendas, Bouli tinha a premissa de levar a mensagem da meta do personagem principal, que era a de fazer o bem a todos os seus amigos, sempre realizar boas ações, ser educado, pensar no próximo. Foi um desenho que esteve presente na infância de muitos, as pequenas lições de moral com certeza influenciaram a mentalidade de muitos dos adultos de hoje em dia. Os desenhos atuais perderam muito da inocência sem compromisso de alguns dos desenhos das décadas anteriores, mas Bouli é apenas um dentre os antigos desenhos que ainda mantinha uma característica gentil e inocente, como veremos nos posts vindouros. Isso é tudo arruaceiros!
En Taro Adún!
Jack. 


Confira um episódio completo de Bouli (O Episódio do Gênio)